O desastre econômico da esquerda boliviana abre caminho para a guinada liberal de Rodrigo Paz, que assume o desafio de reconstruir o país após a "bomba-relógio" deixada por Luis Arce.
A posse do novo presidente da Bolívia, Rodrigo Paz, eleito pelo Partido Democrata Cristão, marca um momento de profunda inflexão política e ideológica no país, encerrando um ciclo de duas décadas de domínio da esquerda. Para o público de direita, esta transição não é apenas uma mudança de governo, mas a confirmação de que as políticas socialistas, após um longo período de aplicação, inevitavelmente conduzem ao colapso econômico e à instabilidade social.
A herança deixada pelo governo de Luis Arce é descrita pela Revista Oeste como uma “bomba-relógio” econômica. O artigo detalha a dramática situação financeira, caracterizada pela escassez de dólares, falta de combustível e uma inflação acumulada que atingiu 19% até outubro, após um pico de 25% em julho. O esgotamento das reservas internacionais, sacrificadas para sustentar subsídios insustentáveis à gasolina e ao diesel, é o retrato clássico da irresponsabilidade fiscal e da intervenção estatal excessiva que a direita sempre critica.
A resposta de Rodrigo Paz a este cenário é um sinal claro da guinada ideológica: o presidente eleito promete implementar o que chamou de “capitalismo para todos”. Este pacote inclui o corte de mais da metade dos subsídios, a formalização da economia e a redução de impostos, medidas que ressoam diretamente com os princípios liberais e conservadores de menor intervenção estatal e valorização da livre iniciativa.
O simbolismo da derrota da esquerda é reforçado pela ausência notória de Evo Morales na cerimônia de posse, um gesto que sublinha a tensão política e a resistência do antigo regime. A eleição de Paz, portanto, representa uma vitória da democracia sobre o projeto hegemônico de poder da esquerda boliviana, que, como em outros países da região, buscou perpetuar-se no poder.
Embora Paz tenha acenado para manter o diálogo com o governo brasileiro de Lula, a sua agenda econômica e ideológica o coloca em alinhamento com líderes regionais de direita, como Javier Milei, da Argentina, que esteve presente na posse. O desafio agora é imenso: reverter o quadro de crise e provar que o modelo capitalista e liberal é a única via sustentável para a prosperidade da Bolívia, servindo de exemplo e esperança para a direita em toda a América Latina.
A Bolívia, ao “virar a página”, oferece uma lição contundente sobre as consequências do socialismo e a urgência de reformas pró-mercado. O sucesso de Paz será um argumento poderoso na batalha ideológica que se trava no continente.
